Arquitetura

Arquitetura do teatro B32: veja a nossa visita e análise

Quem passa pela Av Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo se depara com uma imensa e incrível escultura de uma baleia de metal, mas o verdadeiro “peixe fora d’água” não é ela.

Atrás do objeto, o título de Obra de Arte também deveria ter sido concedido ao B32, o complexo composto por uma torre corporativa integrada à rua, teatro, restaurantes e praça pública.

Mas em que momento uma obra arquitetônica alcança o estado da Arte?

Isso é o que vamos descobrir trazendo alguns detalhes incríveis da nossa visita ao Teatro B32.

teatro b32

Um momento de Reflexão: diferente de muitos dos grandes prédios corporativos da região, o B32 não nasceu para interferir na cidade, mas sim para gerar mais valor pra ela. A palavra-chave é RESPEITO. Respeito aos pedestres que possuem agora  uma área de descompressão, disposta de mesas, cadeiras e wi-fi disponível para todo e qualquer indivíduo que esteja passando pelo local.

teatro b32

Indo à diante, logo ao entrar no edifício, a música começa muito antes do espetáculo.

Subir as escadas é como ouvir uma ópera no teatro, mesmo que não haja nenhum conserto acontecendo no momento, o ritmo e a personalidade do projeto de interiores estimulam seu corpo à descoberta de novas sensações. As escadarias, curvas e nuances desse hall poderiam bem representar as batidas do meu coração diante de tamanha beleza.

Enquanto muitos acreditam que a tecnologia afasta as pessoas, o Teatro B32 investiu pesado para mostrar que não. Tudo é acessível, todos podem obter a mesma experiência, independente de sua condição humana, e ainda, por meio de um sistema canadense de última geração, o auditório pode se comportar como uma pista de dança ou uma arena pronta para um espetáculo, em poucos minutos.

Adaptável, tecnológico, fluído, o encontro perfeito entre engenharia, arquitetura e design de interiores traz uma lição importante: A Tecnologia não evolui para competir com o ser humano, mas sim para melhorar sua experiência e percepção.

O Braga, diretor do Teatro, fez questão de apresentar com mais detalhes:

Ficou curioso? Veja alguns detalhes do Gala System.

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E não é só no palco que existem maestros, veja a operação do maquinário através do Samuel:

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Quem gosta de teatro sabe com não há nada tão importante quanto o jogo de som e luz, responsáveis por completarem o talento dos atores com o objetivo de emocionar a plateia. E mais uma vez, o B32 caprichou, antes de olhar pro palco, vale também olhar pra cima, a estrutura do teto é impressionante: são mais de 32 vigas e pontes rolantes:

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O projeto encanta pela sua competência e capacidade operacional, mas também no cunho ambiental. Todo o complexo possui certificação LEED (https://www.usgbc.org/leed), merecida diante de tamanho desempenho, o B32 possui a própria usina de tratamento de esgoto e usina de reciclagem, separam os materiais, realizam a compactação e a destinação correta, emitindo a certificação.

Já era hora, dar ênfase em algo que muita gente ignora.

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E é assim, no encontro da Arte, Arquitetura e Design, encontram-se também o respeito pela cidade, o ritmo dos ambientes, a tecnologia das emoções, e a responsabilidade ambiental.

Encerro esse texto com um abraço,

pela receptividade, que trouxe um presente à cidade,

sem maldade, na amizade, do Braga, do Thiago e do fundador Rafael,

pra quem tiro o chapéu, pois nem precisou de um arranha-céu,

só de respeito, bateu no peito

e dedicou o fruto de suor e investimento

num verdadeiro templo

que não abriga apenas espetáculos,

nem precisou de uma peça pra chamar atenção

sua forma de projetar demonstra respeito à nação

Simples assim,

O que era cimento, sofreu efeito,

Obra de verdade,

Obra da Cidade.

Aproveite e veja também: Teatro B32 em 5 minutos com 5 curiosidades

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Daniel Alves
Daniel Alves é empreendedor e apaixonado por inovação, com repertório inusitado, híbrido e complementar. Mais tarde, formou-se em Design de Interiores com pós graduação em Lighting Design pela Belas Artes de São Paulo e logo nasceu a UPIK, startup na qual é Co-Fundador e COO. Ele é membro Membro do Conselho Deliberativo da ABD (Associação Brasileira de Designers de Interiores)

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2 Comentários

  1. A arquitetura pode ter um impacto social saudável ou não, eu penso que ela só pode ser benéfica se trouxer algum apelo a população independente de sua condição social.

    1. Pensamos assim, também! Pensamos que decoração é bem-estar. Nossa missão é democratizar a decoração.

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